Localizada no meio do oceano Pacífico sul, a Ilha de Páscoa é um dos lugares habitados mais isolados do mundo. Mais de 3,5 mil quilômetros a separam do continente chileno, e seus habitantes vivem em um ecossistema complexo, único e frágil, visitado anualmente por milhares de turistas, o que torna muito difícil a tarefa de tratamento dos resíduos.
Em agosto de 2014, a LAN CARGO firmou um compromisso com a Prefeitura da Ilha de Páscoa para trabalhar em conjunto na difícil missão de transportar até o continente os fardos de papelão acumulados na Ilha. O transporte foi realizado gratuitamente, ajudando a preservar o meio-ambiente e a história, que fazem da ilha chilena localizada na Oceania um Patrimônio da UNESCO.
A travessia teve início na planta de reciclagem de Rapa Nui, seguindo para o Aeroporto de Mataveri, onde os fardos foram embarcados pela LAN CARGO para, finalmente, chegarem a Santiago e serem retirados por uma empresa de reciclagem.
Localizada a mais de 3,5 mil quilômetros do continente, a Ilha de Páscoa é um dos lugares habitados mais isolados do mundo. Seu território de mais de 160 km² abriga 5.761 pessoas e mais de 80 mil turistas que visitam “o umbigo do mundo” todos os anos. Há 48 anos, após 19 horas de voo, a primeira aeronave da LAN aterrissou nesse pedaço de terra. Atualmente, é a única companhia aérea que oferece voos à Ilha, e suas frequências diárias a tornam um dos poucos meios de conexão com o continente. A distância e as condições do aeroporto fazem com que a rota Santiago – Ilha de Páscoa seja uma das mais complexas operadas pela companhia.
A Ilha de Páscoa é um território sem possibilidades de se autossustentar. Ela gera entre 10 e 12 toneladas de resíduos por dia, dos quais apenas 10% são reciclados. Por isso, as autoridades da Ilha, lideradas pelo prefeito Pedro Edmunds, têm buscado conscientizar a comunidade a separar o lixo, facilitando seu manejo e posterior reutilização, a fim de conseguir reciclar 50% dos resíduos no ano de 2017.
A Planta de Reciclagem de Orito recebe papelão, papel, plástico PET, pneus, resíduos eletrônicos, entre outros. No local, os materiais são processados, compactados e armazenados de acordo com os prazos exigidos pela autoridade sanitária.De todos os resíduos gerados na Ilha, o papelão é o mais fácil de transportar, já que os ovos do mosquito da dengue têm dificuldade para se firmarem neste material.
Ao chegar em Orito, o papelão é compactado em fardos que pesam entre 300 e 500 quilos. Os fardos são armazenados no local por pelo menos seis meses, a fim de evitar que os ovos do mosquito da dengue permaneçam no material e impedir a propagação da praga no continente.
Para a LAN CARGO, firmar acordos com a comunidade da Ilha de Páscoa a fim de contribuir para a descontaminação do meio-ambiente, cuidar de seus habitantes e de seu entorno (que é visitado todo ano por mais de 80 mil turistas) tornou-se uma de suas prioridades. Por este motivo, em agosto de 2014 foi firmada uma parceria que determinada o transporte de papelão para o continente duas vezes por semana. O compromisso era eliminar o acúmulo de fardos em Orito antes do final do ano.
Os fardos são transportados até o depósito de carga do Aeroporto de Mataveri, onde a equipe de operações da LAN CARGO os prepara para o embarque na aeronave. Ao chegarem em Santiago, os fardos são retirados por uma empresa de reciclagem que se encarrega de prosseguir à reutilização.
Em dezembro de 2014, a LAN CARGO cumpriu seu compromisso de eliminar o acúmulo de papelão, transportando mais de 250 toneladas desse resíduo ao continente. Atualmente, o papelão é transportado esporadicamente, na medida em que a coleta o permita.Para continuar avançando neste compromisso, este ano a companhia trabalhará no transporte de plástico PET, que também será reciclado e reutilizado.